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Orquestra Santo Antônio em inauguração de sala especial para surdo e mudo

domingo, 7 de agosto de 2011


Foi entregue na noite de sexta-feira (05), totalmente reformada, a Escola Estadual de Bandiaçu, no município de Conceição do Coité. A unidade escolar conta com novo auditório, pavimentação, pintura, iluminação, câmeras de vigilância e banheiros reformados. A reforma parcial da unidade irá beneficiar os 294 estudantes da 5ª série do ensino fundamental à 3ª série do ensino médio, além da Educação de Jovens e Adultos (EJA). De acordo com o professor José Givaldo, coordenador da DIREC 12, foram investidos R$ 103 mil na reforma.
O ato de inauguração, que teve início ás 20h30, contou com uma programação cultural diversificada, com destaque para a Orquestra Santo Antônio, a quadrilha de forró Moderna, utilizando som mecânico e dos alunos surdos e mudos da comunidade.

Durante a reforma, mesmo sem está prevista na autorização da obra, a professora Luzimeire Mercês, diretora da escola há 3 anos, disse que assumiu, conjuntamente com á arquiteta responsável pelo projeto, a responsabilidade da construção de uma sala multifuncional, criada para complementar a aprendizagem dos estudantes surdos, recebendo o aval do estado e a unidade torna-se a primeira escola estadual no município com este serviço.
Professora Luzimeire lembrou em seu pronunciamento que a sala faz parte do projeto Despertar do Silêncio, idealizado pela intérprete da Língua Brasileira de Sinais (Libras) Marli Santos Mota, a partir da situação passada com a filha Deisiane Santos Mota, 23 anos. “A minha filha é surda e estudou aqui na escola. Na época, não havia professores capacitados, então começamos a desenvolver o projeto de forma voluntária. Com a inauguração da sala multifuncional, estamos realizando um grande sonho”, ressalta.

Segundo Lucília Lima Costa, uma das três intérpretes que trabalha na unidade, atualmente estuda três alunos surdos, sendo dois pela manhã, três à tarde e um à noite. Ela explicou que o projeto funciona como um reforço escolar em horário diferente do turno convencional e eles estão matriculados em turmas regulares e recebem o apoio de professores com formação em Libras

A professora Clenilda da Silva Carneiro, vice-diretora da escola, disse que é visível a melhora da escola, pois no passado foram muitas as dificuldades, inclusive para limpeza do dia a dia. “Hoje, tudo é diferente. Contamos com uma biblioteca que melhora a cada dia, sala de informática e com uma boa equipe de pessoal de apoio”, concluiu Clenilda.
Mostrado habilidade, Lucília Lima chamou a atenção do público presente e ajudou os surdos saber o que foi dito pelas pessoas que usaram da palavra.


Na sala convencional foi montada uma estrutura que auxilia a aprendizagem sendo usada televisão, computador, scanner, impressora, teclados específicos, data show e outros equipamentos que possibilitam a utilização de uma metodologia focada em imagens e textos.

Deisiane Mota, ex-aluna da escola, é uma das professoras e durante as aulas regulares, atuam como intérpretes de Libras, auxiliando os estudantes no entendimento dos conteúdos mediados. Deise, como é conhecida, deixará de ensinar a partir do próximo ano, pois irá cursar biologia no Instituto Santa Inês, na cidade de Santa Inês.

Os resultados positivos no desempenho escolar já são percebidos pelos pais. Nadi Moreira, residente na Fazenda Lagoa do Barro, mãe de três estudantes beneficiadas, dentre elas, Fernanda Lima Moreira, falou ao CN, que a sala multifuncional vai auxiliar, ainda mais, a evolução das filhas na escola. “Tenho notado uma grande melhora nas notas delas. O projeto é maravilhoso e tem ajudado muito. Antes, eu não conseguia entender o que elas queriam, mas hoje eu também já aprendi bastante”, comemora a mãe.
Com o projeto Despertar do Silêncio, criado há quatro anos, a Escola Estadual de Bandiaçu já se tornou referência na região, atendendo estudantes de localidades vizinhas e os estudantes beneficiados, que assistiram todo ato nas primeiras cadeiras do auditório, também se apresentaram para os convidados no final do evento.

Segundo dados do IBGE mostrado por Marly , em 2002, havia em Coité 960 mulheres e 1.147 homens, com alguma necessidade especial e lembrou ainda que recebeu todo apoio do coordenador de Educação Especial da SEC, o pedagogo João Prazeres, para criação deste movimento.

Especialista em Educação Especial na área de Deficiência Visual e Educação e Diferenças, Prazeres, que tem baixa visão, milita a favor dos direitos das pessoas com deficiência desde a década de 1980 e tem apoiado este projeto desde o primeiro contato com Marly e “sempre que pode, vai à comunidade que a chama de Bandarrinha”, lembrou o professor João César, da DIREC 12.

Fonte: http://www.calilanoticias.com/

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